terça-feira, 29 de junho de 2010

Top Bilheterias

Confira o ranking nacional de bilheterias:

1. Toy Story 3
2. Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo
3. Plano B
4. Esquadrão Classe A
5. Cartas para Julieta
6. Fúria de Titãs
7. Brilho de uma Paixão
8. O Golpista do Ano
9. A Jovem Rainha Vitória
10. Sex and the City 2

# estreia

Conforme o previsto, os brinquedos de Andy continuam no topo. Em uma semana de poucas estreias, o ranking ficou inalterado até a sexta posição e alguns filmes resurgindo nas últimas posições. Na próxima semana, contudo, os vampiros de Eclipse chegam em grande escala e assumirão a liderança sem esforço.

A Saga Crepúsculo: Eclipse

Leia a resenha do livro clicando aqui.



Sinopse: A família Cullen tenta proteger Bella dos Volturi, para que eles não descubram que ela ainda é humana. Enquanto isso, desaparecimentos e mortes em Seattle preocupam o clã de vampiros. Ao mesmo tempo, Bella vê o ciúme de Edward em relação a Jacob crescer.


Ficha Técnica
A Saga Crepúsculo: Eclipse (Twilight Saga: Eclipse)
Direção: David Slade
Roteiro: Melissa Rosenberg
Elenco: Kristen Stewart, Robert Pattinson, Taylor Lautner
Duração: 124 minutos
País: EUA


Temos um filme
 por Edu Fernandes

(Spoilerômetro: )

A Saga Crepúsculo: Eclipse (Twilight Saga: Eclipse) é mais um claro exemplo de fenômeno cinematográfico em que a crítica tem pouca influência no resultado das bilheterias. Não é por isso, no entanto, que o filme precise ser de baixa qualidade. Em comparação com seus antecessores, o terceiro título da franquia é de longe o melhor.

Com a direção segura de David Slade (30 Dias de Noite), as cenas tensas e as sequências de batalha são mais bem pensadas. Os confrontos físicos são uma parte importante do enredo e a experiência do cineasta consegue criar momentos pujantes. No entanto, em passagens mais calmas, Slade abusa da câmera nervosa.

Em Eclipse, abre-se espaço para contar o passado de sangue quente de membros da família Cullen. Com isso, o universo de Crepúsculo é mostrado em toda sua grandeza para deleite dos fãs. Esse elemento pode até ser transformado em curtas ou média-metragens para serem incluídos como extras de DVD. Que fique claro que isso é apenas uma ideia/especulação minha, sem qualquer compromisso com o que realmente se passa pela cabeça dos produtores da franquia.

Mesmo com a atuação truncada de Taylor Lautner, as provocações de Jacob para incutir o ciúmes em Edward são outro ponto forte do filme. Aqui, e na relação entre Bella e seu pai, estão boa parte das piadas da fita.

Outro aspecto positivo está no papel de Bella na trama. Saindo do irritante posto de Olívia Palito gótrica, ela ganha braveza e mais iniciativa em Eclipse, dando mais razões para que se contem os dias para o lançamento do quarto filme – convenientemente dividido em duas partes para dar mais lucro.


Dudeshop:
• Livro Eclipse, de Stephenie Meyer (Ed. Intrínseca)
• Coleção de livros Crepúsculo em 4 volumes, de Stephenie Meyer (Ed. Intrínseca)

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Flor do Deserto





Sinopse: A vida da modelo Waris Dirie, que nasceu em uma tribo nômade e foi tentar a vida em Londres. Ela denunciou a mutilação genital feminina e tornou-se embaixadora da ONU.



Ficha Técnica
Flor do Deserto (Desert Flower)
Roteiro e Direção: Sherry Horman
Elenco: Liya Kebede, Sally Hawkins, Craig Parkinson, Timothy Spall
Duração: 120 minutos
País: Reino Unido, Alemanha, Áustria


Mulher vencedora
 por Edu Fernandes

(Spoilerômetro: )

A vida de qualquer pessoa é formada por momentos bem diferentes entre si. Por isso, para dar uma unidade narrativa mais coesa, as cinebiografias usam de algumas ferramentas. Em Flor do Deserto (Desert Flower), a saída foi não seguir a linearidade cronológica dos fatos para contar a vida de Waris Dirie.

Mesmo com tal preocupação, o andamento do filme carece de fluidez. Waris nasceu em uma tribo nômade no meio da África e tornou-se top model. Nessa jornada, muitas mudanças tiveram de ocorrer: ela não falava inglês, não usava salto alto e era presa a tradições de seu povo. Tentar mostrar todas essas profundas transformações em duas horas e não atropelar as coisas é uma missão impossível.

Uma possibilidade seria fazer um recorte e focar-se em menos assuntos. A luta dela contra a mutilação genital é o com certeza o tema mais emocionante e interessante. Por outro lado, seu casamento para conseguir um passaporte europeu poderia ser um dos temas suprimidos.

Com a pretensão de mostrar coisas demais, algumas passagens que o espectador queria prestar atenção acabam aceleradas ou esquecidas. O momento em que Waris abandona o véu mulçumano não fica claro e o treinamento para que ela consiga se portar como modelo fica forçado, por exemplo.

Com isso, Flor do Deserto fica tão concentrado em contar toda a história que perde oportunidades de dar brilho à produção. A reconstrução de época é fraca e os figurinos são decepcionantes, se considerarmos o apelo que o filme tem junto ao público interado no mundo fashion.

Felizmente a vida de Waris Dirie é tão comovente e inspiradora – não só para mulheres – que salva a fita e faz a sessão valer a pena.

 
Dudeshop:
• Livro Desert Dawn, de Waris Dirie (Ed. Virago Press) [importado]
 
 

terça-feira, 22 de junho de 2010

Top Bilheterias

Confira o ranking nacional de bilheterias:

1. Toy Story 3
2. Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo
3. Plano B
4. Esquadrão Classe A
5. Cartas para Julieta
6. Fúria de Titãs
7. A Jovem Rainha Vitória
8. Kick Ass – Quebrando Tudo
9. Em Busca de uma Nova Chance
10. O Golpista do Ano

# estreias

Conforme esperado, Woody e Buzz assumem a liderança na quinta melhor estreia do ano (em termos financeiros, é claro). O posto deve continuar com os brinquedos pelo menos na próxima semana. Isso enquanto vampiros emos não dominarem o circuito exibidor...

A evolução do ranking mostra mais uma vez a força que os caros ingressos 3D fazem para manter um filme para cima. Mesmo com o 3D bem meia-boca de Fúria de Titãs, a aventura mitológica teve uma performance bacana. Com a animação Pixar roubando essas salas careiras, os deuses gregos caíram do segundo para o sexto lugar.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Brilho de uma Paixão





Sinopse: Fanny é uma aspirante a estilista que mora com sua mãe e irmãos mais novos no início do século XIX. Em um verão ela conhece o poeta John Keats e os dois se apaixonam.



Ficha Técnica
Brilho de uma Paixão (Bright Star)
Roteiro e Direção: Jane Campion
Elenco: Abbie Cornish, Ben Whishaw, Paul Schneider, Kerry Fox
Duração: 119 minutos
País: Reino Unido, Austrália, França


Características românticas
 por Edu Fernandes

(Spoilerômetro: )

Pelas pistas que são dadas pela sinopse, é previsível o que se verá em O Brilho de uma Paixão (Bright Star). Com a protagonista envolvida com moda, os figurinos são bonitos e ousados, abusando de cores diferentes do que se espera para a época em que a trama se desenvolve. Muitos babados e chapéus estilosos agradarão os olhos de quem curte reparar nas vestimentas.

John Keats é considerado um dos últimos grandes poetas românticos ingleses e a história de sua vida retrata bem o movimento artístico que ele representa. Desacreditado de seu próprio talento, viveu um amor avassalador por Fanny Brawne. Sofreu uma doença respiratória crônica e morreu jovem, antes do reconhecimento artístico, como boa parte dos escritores da época.

O filme permite-se alterar alguns acontecimentos da vida do autor para aumentar a carga romântica de Brilho de uma Paixão. Keats teve um caso com outra mulher durante o período retratado pelo filme, mas tal relacionamento foi totalmente ignorado no roteiro. Outras mudanças existem, mas se pode dizer que a fita é fiel apenas na essência dos fatos.

Versos escritos por Keats são entoados pelo poeta durante a fita. O roteiro aproveita a ocupação do protagonista e coloca na boca de alguns personagens falas que também parecem versos líricos e trazer mais romantismo ainda para a história. Outro elogio a ser feito deve ser direcionado à atuação de Paul Schneider (Por uma Vida Melhor): ele consegue comover a plateia a odiar Sr. Brown, um escritor que trabalha com Keats e atrapalha seu amor com Fanny.

Quem devora romances e poemas românticos não pode perder Brilho de uma Paixão. Quem não é fã do estilo precisa achar outra opção.


Dudeshop:
• Livro Nas Invisíveis Asas da Poesia, de John Keats (Ed. Iluminuras)


sexta-feira, 18 de junho de 2010

Estreias da Semana



X O Abraço Corporativo — Não acredite em tudo o que você lê.

Em Busca de uma Nova Chance (The Greatest) — Na superação, famílias se unem.

A Jovem Rainha Victoria (Young Victoria) — Seu país. Seu coração. Sua Magestade.

Kick-Ass - Quebrando Tudo (Kick-Ass) — Uma nova cria de super-heróis será revelada.

O Profeta (Un prophète) — No cárcere, ele confundirá até suas origens.

Toy Story 3 — Nenhum brinquedo é abandonado!


X Estreia apenas em São Paulo.

O Abraço Corporativo




Sinopse: Ary Itnem é um consultor que defende a prática do abraço entre colegas de trabalho para aumentar a produtividade nas empresas. Ele dá entrevistas para vários veículos de imprensa, mesmo sendo um personagem fictício.



Ficha Técnica
O Abraço Corporativo
Roteiro e Direção: Ricardo Kauffman
Elenco: Leonardo Camillo
Duração: 75 minutos
País: Brasil


Fontes nada apuradas
 por Edu Fernandes

(Spoilerômetro: )

Como aumento do número de meios de comunicação, é de se esperar que os jornalistas tenham possibilidades maiores de apurar suas fontes. Por outro lado, essa mesma abundância de mídias exige que os profissionais de imprensa entreguem reportagens a toque de caixa. Com isso, a autenticidade do que se publica fica comprometida.

Usando o fênomeno dos vídeos virtual para ganhar visibilidade, o documentário O Abraço Corporativo mostra como é possível criar um factoide e aparecer em grandes veículos de comunicação, entre eles emissoras de rádio e programas televisivos. Para que isso aconteça, o tal consultor Ary Itnem passa por um intenso treinamento para convencer seus entrevistadores.

Com uma trilha musical bacana e dando espaço para grafismos eletrônicos, o documentário tem uma linguagem moderna que facilita a apreensão de sua mensagem. Para que o discurso seja válido, o filme lista importantes depoentes de diversos setores da sociedade. Jornalistas renomados, professores universitários e pesquisadores convivem lado a lado na tela para formar um parecer dos deveres do jornalista e como a rotina enlouquecida das redações atrapalha o pleno desempenho das funções e do papel social desses profissionais.

O Abraço Corportativo é uma obra imperativa não só para jornalistas, mas para todas as pessoas envolvidas com comunicação. Se for utilizado em aulas de faculdade ou em treinamento sobre ética profissional, o documentário terá novas repercursões.


A Jovem Rainha Vitória




Sinopse: Aos 17 anos, Vitória vive cercada de cuidados para que possa assunir o trono inglês. Depois de coroada, ela terá de participar de um jogo de poder para tornar-se uma regente respeitada.



Ficha Técnica
A Jovem Rainha Vitória (The Young Victoria)
Direção: Jean-Marc Vallée
Roteiro: Julian Fellowes
Elenco: Emily Blunt, Rupert Friend, Paul Bettany, Miranda Richardson, Mark Strong
Duração: 105 minutos
País: EUA, Reino Unido


Longa vida à Rainha!
 por Edu Fernandes

(Spoilerômetro: )

A Era Vitoriana é lembrada como uma época de grande desenvolvimento na Inglaterra em vários aspectos: científico, social e cultural. Vitória goi a monarca feminina com o maior reinado na História. Eis algumas razões porque essa figura inspira tantas obras.

Contando como uma garota super-protegida tornou-se a mulher mais poderosa da Europa em sua época, A Jovem Rainha Vitória (The Young Victoria) consegue abordar os fatos que estão nos livros de História e ainda dar conta de mostrar a intimidade dessa figura histórica. Mesmo com algumas alterações em relação ao que realmente aconteceu, vale a pena a experiência de ver uma Vitória mais humana, que tem medos e se questiona.

Para interpretar esse difícil papel foi escalada uma atriz que tem alguns anos a mais do que o final da adolescência que se vê na tela. Emely Blunt (O Lobisomem), uma das maiores promessas entre as jovens atrizes, dá conta do recado. Emely usou trajes que são réplicas exatas aos usados pela verdadeira rainha e alguns dos figurinos estavam sob um seguro de milhares de libras cada peça! Não é à toa que o Oscar de Melhor Figurino foi entrege a essa obra.

O amor entre Vitória e Albert, o aspecto que parece mais forçado no roteiro, na verdade tem um bom tanto de autenticidade. Por registros em cartas e diários, percebe-se que havia um sentimento de afeição entre o casal. Tanto que, depois da morte de Albert, Vitória isolou-se por anos e passou a usar apenas trajes pretos até o fim da vida, décadas depois.

Todos os ingredientes para atrair fãs de filmes de época estão presentes em A Jovem Rainha Vitória. Relevância histórica, romance, figurinos elaborados e uma trilha musical engrandecedora certamente irão fisgar os apreciadores do gênero.

Toy Story 3



Sinopse: Andy vai para a faculdade e está esvaziando seu quarto. Com isso, seus brinquedos são doados para uma creche. Buzz e seus amigos conhecerão novos brinquedos nesse local.


Ficha Técnica
Toy Story 3
Direção: Lee Unkrich
Roteiro: Michael Arndt, John Lasseter, Andrew Stanton, Lee Unkrich
Elenco: Tom Hanks, Tim Allen, Joan Cusack, Ned Beatty
Duração: 103 minutos
País: EUA


Ao  infinito e além
 por José Alexandre Camargo

(Spoilerônmetro: )

Munido de raios laser de mentirinha, muita ação, vôos livres de imaginação e trazendo de volta Woody, Buzz, Andy e todos os personagens que marcaram época e a história da animação; Toy Story 3 não está para brincadeira!

A aventura se inicia com um Andy já crescido, se preparando para ir à faculdade e decidindo o que fazer com seus velhos brinquedos, com os quais já não brinca há muito tempo e que por sua vez sentem sua falta. Após acidentalmente serem jogados no lixo, cowboy, astronauta e cia. conseguem chegar na paradisíaca creche Sunnyside, repleta de crianças com quem brincar e se divertir. Recebidos por Lotso, um ursinho fofo, rosa e que cheira a morangos, e todos os mais que coloridos habitantes de lá, tudo parece bem até a hora do recreio acabar.

A partir daí será uma corrida contra o relógio para voltar para casa. já que o amado dono logo estará partindo, com fugas planejadas, reviravoltas empolgantes, romance, referências hilárias à filmes sobre a Máfia e a percepção que o mal pode se esconder atrás da meiguice e que muitas vezes não passa de mais um coração partido.

Por trás do humor ácido sempre no ponto e da estética lúdica que nos remete aos anos mais tenros, existe uma trama envolvente, forte e complexa, por vezes de profundidade não vista anteriormente na série; que só poderia ter saído dos mais ousados sonhos infantis. Os destaques – e muitas piadas - ficam com o prendado Ken, a doce Bonnie e o tirânico e triste Lotso que parece ter saído de Um Jogo de Você da série Sandman.

Conduzido de forma a preservar a essência e o encanto, ao mesmo tempo que sendo transportado primorosamente para uma audiência adulta, o novo capítulo desse clássico infantil visa honrar todos os fãs, passados, presentes e futuros. Com isso, se prova que não apenas a criança que estava lá no início da saga cresceu e amadureceu, mas essa fábula – ou seria épico? – sobre brinquedos, devoção e o significado real da amizade também.

 

Kick-Ass – Quebrando Tudo




Sinopse: Dave Lizewski é um jovem comum. Não se destaca em nada e é completamente invisível para as mulheres. Mas, diante das injustiças do mundo, decide se vestir como o herói Kick-Ass e combater o mal. Só que nada é como parece nos quadrinhos.


Ficha Técnica
Kick-Ass – Quebrando Tudo (Kick-Ass)
Direção: Matthew Vaughn
Roteiro: Jane Goldman, Matthew Vaughn
Elenco: Aaron Johnson, Lyndsy Fonseca, Christopher Mintz-Plasse, Mark Strong, Chloe Moretz, Nicolas Cage
Duração: 117 minutos
País: EUA, Reino Unido


"Um Herói Muito Louco"
 por Guilherme Kroll

(Spoilerômetro: )

Imagine um ótimo filme de super-heróis que misture referências à Marvel e à DC (sobretudo a Homem-Aranha e Batman), com influências descaradas de filme adolescentes e quadrinhos autorais dos anos 2000, Kill Bill, cinema chinês de ação e muito humor negro. Parabéns, você acabou de pensar em Kick-Ass – Quebrando Tudo (Kick-Ass).

Baseado na HQ homônima de Mark Millar e John Romita Jr. lançada pelo Icon – selo de quadrinhos autorais da Marvel –, Kick-Ass é um filme que subverte os clichês dos super-heróis, joga uma dose de realidade nas histórias dos colantes coloridos no cinema e ainda despeja doses cavalares de sarcasmo e ação nos espectadores.

O roteiro não tem absolutamente nada de inovador. Inclusive, coisas semelhantes já foram feitas inúmeras vezes nos quadrinhos. Entretanto, quando chegou ao cinema, Kick-Ass ficou arrebatador. Isso porque o filme consegue fazer uma coisa que já se tornou obsessão nos quadrinhos de super-heróis: colocar os heróis num contexto próximo ao real, buscando responder a eterna questão de como as pessoas de fato reagiriam a um super-herói fantasiado.

Muito se especulou se a adaptação de Watchmen, uma das primeiras HQs que colocou de maneira magistral o conceito de vigilantes mascarados no mundo real, conseguiria fazer isso no cinema. Entretanto o pulso ruim de Zack Snyder e a complexidade da história impediram que isso acontecesse.

Kick-Ass não sofre desse mal. Como dito, a trama é simples, e o grande charme é o lance de um adolescente tonto, fantasiado de herói, envolvido por acidente em uma guerra de bandidos e que na verdade só está preocupado em comer a gostosa da escola. Então a grande pegada é o humor que a ótima galeria de personagens, e a situação que eles se envolvem, proporciona.

Além de Kick Ass/Dave Lizewski, o elenco conta ainda com o hilário Christopher Mintz-Plasse (o McLovin de Superbad) como Red Mist, Nicolas Cage finalmente acertando em um filme baseado em quadrinhos como Big Daddy, a belíssima Lyndsy Fonseca como a gostosa Katie e a espetacular Chloe Moretz roubando a cena como Hit Girl — uma menina de treze anos que manda bala e fala palavrão como gente grande.

A direção de Matthew Vaughn evoluiu muito desde Stardust, dosando bons momentos de ação com hilárias tiradas de humor negro a cada instante. O roteiro ajuda, mas ele mantém os atores na linha tirando uma boa química entre eles.

A trilha sonora também está matadora, ajudando e muito a criar o clima certo nas cenas, especialmente as de luta envolvendo Hit Girl.

O resultado de tudo isso é um longa de ação e comédia simplesmente imperdível, sobretudo para quem gosta de longas de super-heróis.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Top Bilheterias

Confira o ranking nacional de bilheterias:

1. Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo
2. Fúria de Titãs
3. Plano B
4. Esquadrão Classe A
5. Cartas para Julieta
6. Alice no País das Maravilhas
7. Sex and the City 2
8. Robin Hood
9. Marmaduke
10. O Golpista do Ano

# estreias

Parece que os fãs do seriado de ação estavam ocupados demais com a Copa do Mundo e explodiram nossas previsões. Príncipe da Pérsia continua em primeiro, mas deve ser derrotado por Toy Story 3 nesse fim de semana.

A estreia mais rentável foi a de J-Lo. Com mais filmes femininos entrando em cartaz, Carrie e suas amigas estilosas despencaram para a sétima posição.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Rush: Beyond the Lighted Stage






Sinopse: Documentário sobre a banda canadense Rush. A vida antes da fama e os altos e baixos dos roqueiros pelas décadas de carreira acumulando uma legião de fãs.



Ficha Técnica
Rush: Beyond the Lighted Stage
Roteiro e Direção: Sam Dunn, Scot McFadyen
Elenco: Geddy Lee, Alex Lifeson, Neil Peart
Duração: 106 minutos
País: Canadá


“Prepare to be Rushfied!”*

 por Flávia Yacubian

(Spoilerômetro: )
Rush sempre foi para mim uma banda de extremos: ou eles faziam a melhor música do mundo ou a pior. Sempre considerei "Spirit of Radio" a melhor música pop já composta (não a minha preferida, mas a melhor) e, por outro lado, nunca consegui ouvir "YYZ" por inteiro de tanto que ela me irrita. Nunca consegui explicar essa dicotomia de sentimentos em relação a essa banda. E, assim, fui ver o documentário Rush: Beyond the Lighted Stage com um pé atrás: qual dos dois sentimentos ele iria evocar? Amor ou ódio?

O documentário tinha boas referências – feito pelos mesmos criadores de Metal – A Headbanger’s Journey (Sam Dunn e Scott McFadyen), um dos melhores e mais divertidos documentários sobre música que tem por aí. E o começo de Rush: Beyond the Lighted Stage lembra muito o estilo da fita anterior. Participação de diversos caras da música contando o que eles acham de Rush, de Gene Simmons a Billy Corgan, passando por Zakk Wylde e Jack Black. Ou melhor “mostrando” o que eles gostam em Rush, fazendo vários air drums, bass e guitars. Depois dessas divertidas primeiras aparições, o documentário é dividido em partes temáticas, que abordam a infância dos integrantes, o começo da banda, o sucesso, o fracasso e por aí em diante.

É notável a quase-ausência de assuntos pessoais, não que eles não fossem acontecimentos de interesse público em suas vidas profissionais, mas fica clara a intenção dos diretores em se concentrar na carreira musical. Mesmo o assunto pessoal tratado mais abertamente, a morte da filha e da mulher do baterista Neil Peart, não é mostrado tão a fundo como a mídia (e ele mesmo em livros) já fez. Então, a temática principal do documentário acaba sendo as qualidades do trio como artistas: integridade, profissionalismo e humildade.

O filme é repleto de cenas de arquivo e bastidores inéditas, além de entrevistas atuais com os membros da banda, fãs (famosos e anônimos), pessoas que trabalharam com eles, jornalistas, seu pais. Mesmo temas mais densos são tratados com o humor característico dos integrantes da banda canadense. As participações de Gene Simmons e Sebastian Bach são duas pérolas. As histórias que os dois contam ressaltam a “nerdice” do Rush, e são hilárias.

É emocionante o trecho final, com grande importância dada ao show que eles fizeram no Brasil, para 60 mil pessoas, o maior da carreira da banda.

Um documentário muito bem roteirizado e dirigido, que entretém até os mais reticentes e que agradará todos os apreciadores do mundo da música em geral. Fãs, não fãs e pessoas em cima do muro, como eu, sairão satisfeitos do cinema. Fãs se deliciarão em ver tantas imagens inéditas e a apreciação ao talento do Rush, não fãs vão gostar das muitas entrevistas com outros músicos, dando opiniões honestas (e talvez até se surpreender que pessoas como Trent Reznor sejam fãs de Rush!) e os de cima do muro começarão a se decidir, provavelmente pelo lado simpático à banda.

* Fala de Paul Rudd em Eu te amo, cara. Confira a dica abaixo.

Dude-dica: Quer ver os fãs de Rush que aparecem no documentário encarnados em um filme de comédia? Não deixe de ver, então, Eu Te Amo, Cara (que inclusive conta com a participação da banda).

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Estreias da Semana

Alguns Motivos para não se Apaixonar (Motivos para no enamorarse) — O amor é feito de altos e baixos.

Antes da Lua Cheia (Niwemang) — Uma emocionante viagem de volta.

Cartas para Julieta (Letters to Juliet) — E se você tivesse uma segunda chance para achar o verdadeiro amor?

Esquadrão Classe A (The A-Team) — Não existe alternativa.

Índia, Amor e Outras Delícias (Nina's Heavenly Delights) — Um banquete romântico com os sabores da vida, do amor e alguns temperos.

Plano B (The Back-Up Plan) — Apaixonar-se. Casar-se. Ter filhos. Não necessariamente nessa ordem.

X Soul Kitchen — A vida é o que acontece enquanto se está preocupado fazendo outros planos.

A Última Música (The Last Song) — Uma história sobre família, primeiros amores, segundas chances e os momentos da vida que lhe levam de volta para casa.


X Reestreia no Rio de Janeiro.

Esquadrão Classe A





Sinopse: Quatro militares procuram limpar seus nomes com o Exército. Eles foram acusados de assassinar um general.



Ficha Técnica
Esquadrão Classe A (The A Team)
Direção: Joe Carnahan
Roteiro: Joe Carnahan, Brian Bloom, Skip Woods
Elenco: Liam Neeson, Bradley Cooper, Jessica Biel, Quinton Jackson, Sharlto Copley, Patrick Wilson
Duração: 125 minutos
País: EUA


 por Guilherme Kroll

(Spoilerômetro: )

Entre 83 e 87 o Esquadrão Classe A (The A-Team) resolveu diversas missões em 97 episódios para lá de divertidos, que traziam como principal destaque Mr. T como B.A. Baracus. Mais de 20 anos após o fim da série, Hollywood resolveu revivê-la em mais uma adaptação cinematográfica e o resultado é igualmente divertido. 

Nos quatro papéis principais entram Liam Neeson, Bradley Cooper, Quinton 'Rampage' Jackson (no papel que originalmente foi de Mr. T) e o hilário Sharlto Copley. Para o papel de mocinha foi escalada a cara bem tratada por plásticas de Jessica Biel, que é maravilhosa, mas as outras gostosas do filme que são as conquistas do personagem Face, chamam mais atenção. 

O longa é, tal qual a série que o originou, uma boa mistura de ação e comédia. Ação de primeira linha e comédia mediana, mas que garante algumas risadas. 

O roteiro e a edição ágil trazem certa complexidade a um filme em que o mote é tiroteio e explosões. Há reviravoltas e uma complexa trama envolvendo a Guerra do Iraque, os rangers, a CIA, fugas de prisão, entre outras coisas.  

A maior ironia do filme, entretanto, reside na sequência no cais, na qual o Esquadrão Classe A não hesita em destruir tudo ao seu redor para tentar deter os malfeitores. Impossível comparar com a paródia Team America, de Matt Stone e Trey Parker. Parece notório que o cinema de ação hollywoodiano reflita que o que importa para os norte-americanos é deter malfeitores e terroristas, custe o que custar. 

E para os desavisados fica a dica: não saia antes dos créditos finais! Há duas cenas escondidas lá. 


quinta-feira, 10 de junho de 2010

A Última Música



Sinopse: Ronnie é uma adolescente rebelde que passará o verão com seu pai, acompanhada pelo irmão mais novo. A relação paternal está abalada desde o divórcio e, apesar do amor que ambos têm pela música.



Ficha Técnica
A Última Música (The Last Song)
Direção: Julie Anne Robinson
Roteiro: Nicholas Sparks, Jeff Van Wie
Elenco: Miley Cyrusm, Greg Kinnear, Bobby Coleman, Liam Hemsworth
Duração: 107 minutos
País: EUA


Desapegando aos poucos
 por Edu Fernandes

(Spoilerômetro: )

Miley Cyrus é filha de um cantor country, mas ficou conhecida mundialmente sob o personagem Hannah Montana, uma cantora pop juvenil que esconde sua verdadeira identidade para proteger o anonimato. A ideia do seriado que levou Miley à fama é aproveitar o melhor dos dois mundos (da celebridade e da família) e a atriz parece ter levado o slogan a sério. Há algum tempo ela tenta se desvencilhar do personagem e ter uma carreira própria, tanto na música como nas telas, mas ao mesmo tempo a moça não quer perder a legião de fãs que colecionou nos últimos anos.

Para tentar favorecer os dois lados da questão, Miley estrela o filme A Última Música (The Last Song), no qual ela tenta fugir da imagem de santinha que a Disney impõe em seu elenco, tascando beijos vigorosos em Liam Hemsworth – tudo dentro do limite da faixa etária de seus seguidores, é claro. Seu papel representa bem as ambições que ela nutre: Ronnnie é uma adolescente rebelde e impulsiva, mas que adora música tanto quanto Hannah Montana.

O filme consegue equilibrar bem momentos cômicos, românticos e dramáticos. Uma gama variada de emoções passará pelos corações da plateia, mas é bom ter em mente que A Última Música é mais uma adaptação da obra do escritor Nicholas Sparks (Querido John). Essa é a primeira vez que o Manuel Carlos dos best-sellers estadunidenses se envolve ativamente na adapatação de um de seus livros para o cinema. Como é de se esperar, o final dramático e lacrimoso está lá para que seus fãs apreciarem.

 
Dudeshop:
• Livro A Última Canção, de Nicholas Sparks (Ed. Novo Conceito)
 

Plano B




Sinopse: Cansada de esperar pelo Príncipe Encantado, Zoe decide fazer uma inseminação artificial para começar sua tão sonhada família. Assim que sai da clínica de fertilização ela conhece Stan, um homem disposto a mudar sua vida.


Ficha Técnica
Plano B (The Back-up Plan)
Direção: Alan Poul
Roteiro: Kate Angelo
Elenco: Jennifer Lopez, Alex O'Loughlin, Michaela Watkins, Eric Christian Olsen, Anthony Anderson
Duração: 106 minutos
País: EUA


J-Lo no centro
 por Edu Fernandes

(Spoilerômetro: )

Para assegurar resultados satisfatórios nas bilheterias, os filmes hollywoodianos tendem a colocar ênfase nos elementos que atraem o público para as salas de cinema. Sem atores famosos no elenco de apoio, sem nomes grandiosos na equipe técnica e sem ser a adaptação de um best-seller; só resta a Plano B (The Back-up Plan) colocar o máximo de cenas com Jennifer Lopez quanto for possível.

Não que a moça seja a atual queridinha dos blockbusters, mas é o único ingrediente que pode levar alguém a assistir ao filme sem precisar saber da sinopse. O problema é que o roteiro se foca demais em seu personagem e acaba deixando de lado boas tramas secundárias que poderiam render cenas bacanas.

A avó de Zoe, noiva há mais de 20 anos do mesmo homem e sempre protelando o casório; o melhor amigo, que claramente sente ciúmes do novo relacionamento da moça; até o brincalhão médico poderiam receber um tempinho a mais na tela para fazer gracinhas. Ao invés disso, o filme aposta todas suas fichas no casal de protagonistas e o conflito acaba se estendendo mais do que deveria.

Prova de que as pequenas brechas destinadas aos demais personagens poderiam ser muito mais legais é a ótima cena de parto das mães solteiras. As loucuras ritualísticas, os gritos primais e toda a situação construída é muito divertida e dá mostras de que as cenas deletadas que devem acompanhar o DVD (quando esse for lançado) valerão a pena.

O filme agrada e diverte, principalmente se o espectador culpar as variações hormonais pelas paranoias de Zoe mais para o final do enredo.


Cartas para Julieta





Sinopse: Durante uma viagem a Verona, Sophie encontra uma carta escrita há 50 anos pedindo conselhos sobre um amor proibido. Ela resolve responder e a autora volta a Itália para encontrar seu amor da juventude.


Ficha Técnica
Cartas para Julieta (Letters to Juliet)
Direção: Gary Winick
Roteiro: Jose Rivera, Tim Sullivan
Elenco: Amanda Seyfried, Gael García Bernal, Christopher Egan, Vanessa Redgrave, Franco Nero
Duração: 105 minutos
País: EUA


Repetição em cenário favorável
 por Edu Fernandes

(Spoilerômetro: trailer e último parágrafo)

Amor proibido perdido no tempo, o sonho de ser escritora, um casal cujo relacionamento está desgastado por falta de comunicação... o filme Cartas para Julieta (Letters to Juliet) usa elementos que não podem ser chamados de originais para criar uma história de amor fofinha.

O que diferencia essa produção das demais são as belas paisagens italianas, exploradas ao máximo durante a jornada dos personagens em busca do amor do passado. De resto, as coisas caminham muito de acordo com uma fórmula pré-estabelecida, apostando no carisma de Amanda Seyfried (O Preço da Traição) para somar simpatia ao conjunto.

Um ponto negativo que salta aos olhos é a atuação caricata de Gael García Bernal, vivendo um cozinheiro empolgado pelos sabores da cozinha italiana que às vezes parece um idiota (não no sentido cômico). O personagem não colabora, mas a atuação de Bernal acaba afundando ainda mais qualquer posibilidade de torcida que o rapaz teria. Felizmente seu tempo em cena é bem reduzido.

Com Vanessa Redgrave e Franco Nero – um casal na vida real – no elenco, o desfecho é bem previsível. Assim como sabemos como irá terminar a relação de ódio entre Sophie e Charlie. Nesse ponto as tiradas do rapaz, flertando com o humor inglês são um dos pontos altos do humor nessa comédia romântica.


quarta-feira, 9 de junho de 2010

O Dia da Saia

Filme exibido no Festival Varilux de Cinema Francês.

Sinopse: Sonia encontra um revólver na mochila de um aluno enquanto tenta dar aula de francês. Um tiro acidental acerta de raspão a perna do rapaz. Sonia, cansada das pressões de seu trabalho, faz alguns estudantes de refém.


Ficha Técnica
O Dia da Saia (La journée de la jupe)
Roteiro e Direção: Jean-Paul Lilienfeld
Elenco: Isabelle Adjani, Denis Podalydès, Yann Collette, Nathalie Besançon
Duração: 87 minutos
País: França, Bélgica


Medidas extremas
 por Edu Fernandes

(Spoilerômetro: )

Com Entre os Muros da Escola é possível perceber que, apesar de terem estruturas muito melhores, o sistema educacional francês enfrenta alguns problemas bem semelhantes aos encarados pelos professores brasileiros. Com O Dia da Saia (La journée de la jupe) O cinema francês volta a abordar o assunto, dessa vez explorando uma situação mais extrema, que combine melhor em um thriller.

Quando esse tipo de filme fica restrito a um cenário limitado, o desafio do realizador é manter a atenção do espectador e não deixar a fita tediosa. Exemplos positivos nesse formato não faltam no cinema estadunidense: Por um Fio (2002) e O Quarto Poder (1997) são alguns deles.

A produção francesa traz elementos novos à história constantemente para manter o frescor e surpreender o público. O problema está na ânsia excessiva de renovar o conflito e o resultado soa forçado. Em alguns momentos, novas revelações parecer tiradas do nada. O que salva a dramaturgia é o oportunismo de abordar diversas questões sociais delicadas (machismo, educação, direito ao credo,...) em uma mesma história.

É preciso, contudo, parabenizar o trabalho de direção de atores. Eles são os principais responsáveis em equilibrar o enredo no fio da navalha o tempo todo. Mesmo com as deficiências que sofre o roteiro, há uma constante curiosidade em saber o término da situação apresentada em O Dia da Saia.

8 Vezes de Pé

Filme exibido no Festival Varilux de Cinema Francês.

Sinopse: Elsa está tendo dificuldades em manter as contas em dia. Sobrevive de diversos bicos, mas precisa de um bom emprego para rearrumar sua vida e se aproximar de seu filho, que vive com o ex-marido.


Ficha Técnica
8 Vezes de Pé (8 fois debout)
Roteiro e Direção: Xabi Molia
Elenco: Julie Gayet, Denis Podalydès, Mathieu Busson, Kevyn Frachon
Duração: 103 minutos
País: França


Jeitinho francês
 por Edu Fernandes

(Spoilerômetro: )

Por mais que pensemos em Paris como a Cidade Luz, onde o romance pode acontecer em qualquer esquina; a capital francesa tem uma periferia com habitantes reais. O filme 8 Vezes de Pé (8 fois debout) retrata essa parcela esquecida da sociedade parisiense.

A crise financeira mundial até pode ser o motivador para a realização dessa fita, mas percebe-se que seus personagens estão em dificuldade desde antes de os bancos quebrarem. Parte da culpa pode ser depositada sobre eles mesmos, que por vezes se candidatam a empregos muito além de seus currículos.

As cenas de entrevistas de emprego são bem interessantes, mostrando que o jogo de perguntas e respostas é bem parecido com o que acontece em escritórios em outras grandes cidades do mundo. A luta pela sobrevivência de Elsa é o que mantém o filme em movimento, muitas vezes com ela se envolvendo em pequenos tranbiques.

8 Vezes de Pé é mais um exemplo do contemporâneo cinema europeu sobre o nada. Por isso, é muito fácil entediar-se com a situação da protagonista, que parece estar longe de se resolver. No começo do filme, há uma expectativa positiva com um colorido empolgante nos créditos iniciais embalado por uma canção animada. No entanto, o clima não se segura e o desfecho é bem xoxo, como a maioria dos outros titulos desse gênero.

Agneda PR: Festival da Lapa

O Festival da Lapa é o único do país onde a Mostra Competitiva de Longas Metragens é composta exclusivamente por filmes ambientados em épocas passadas (veja a programação completa no site oficial)

A proposta de seus organizadores é justamente a de unir a tradição histórica da Lapa com a magia de um cinema que tem como preocupação recriar antigas ambientações.

Organizado pelo Instituto Borges da Silveira e pelo Instituto Histórico e Cultural da Lapa, o evento chega à sua quarta edição agora em 2010, onde será realizado entre os dias 9 e 13 de junho.


Filmes avaliados
 
 
Em Teu Nome — Eles acreditavam que antes de mudar uma sociedade, é preciso entendê-la.

A Ilha da Morte  (El Cayo de la Muerte) — Seu sonho é um grito de liberdade.

O Menino da Porteira — Toca o berrante, seu moço!

terça-feira, 8 de junho de 2010

Top Bilheterias


Confira o ranking nacional das bilheterias

1. Príncipe da Périsa: As Areias do Tempo
2. Fúria de Titãs
3. Sex and the City 2
4. Alice no País das Maravilhas
5. Robin Hood
6. Marmaduke
7. Homem de Ferro 2
8. O Golpista do Ano
9. O Escritor Fantasma
10. Quincas Berro D'Água

# Estreias
# Texto do site CinePop

A adaptação de game teve uma performance melhor do que nos Estados Unidos e assumiu a liderança, fugindo de nossas previsões. Mesmo com resultados mais lucrativos, na próxima semana Esquadrão Classe A deve roubar o posto.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

O Profeta



Filme exibido no Festival Varilux de Cinema Francês.


Sinopse: Malik é preso por agredir um policial. Na cadeia, ele se vê obrigado a se unir aos membros da máfia de Córsega para sobreviver.


Ficha Técnica
O Profeta (Un prophète)
Direção: Jacques Audiard
Roteiro: Thomas Bidegain, Jacques Audiard
Elenco: Tahar Rahim, Niels Arestrup, Adel Bencherif, Hichem Yacoubi
Duração: 155 minutos
País: França, Itália


Jogos entre prisioneiros
 por Edu Fernandes

(Spoilerômetro: )

Um dia, quando o diretor Jaques Audiard estava participando da exibição de um filme para presidiários, ele decidiu que aquele tipo de instalação seria o cenário de seu próximo trabalho. Assim foi dado o primeiro passo para a produção de O Profeta (Um prophète), que usa o potencial da cadeia para criar situações-limite para seus personagens.

O primeiro problema, no entanto, está no título. As tais profecias só começam depois de muito tempo de filme e não chegam a ser um traço marcante no enredo como um todo. É claro que esse elemento pode gerar discussões entre os espectadores, uma vez que sua natureza não é explicada, mas está longe de ser o tema central da produção ítalo-francesa.

Diversas formas de poder são apresentadas na história e é aí que o roteiro é mais interessante. Uma dessas maneiras de controlar as situações está no poder da comunicação, com diálogos em francês, árabe e corso. O único personagem que consegue transitar entre os três idiomas é o protagonista, e ele tira proveito dessa característica. Quem está mais ligado na questão lingüística terá alguma dificuldade em diferenciar qual idioma está sendo falado, uma vez que há sotaques carregados e eles mudam de língua em uma mesma conversa sem qualquer cerimônia.

Há então um jogo de poder e planos criminosos que formam uma trama bem complicada de se acompanhar. Novos e importantes personagens surgem e a edição trata de deixá-los bem marcados colocando o nome deles em letreiros. Mesmo assim, é necessária uma boa dose de concentração para acompanhar todos os detalhes do longa.

sábado, 5 de junho de 2010

Coco Chanel & Igor Stravinsky

Filme exibido no Festival Varilux de Cinema Francês.


Sinopse: A estilista Coco Chanel decide ajudar o compositor Igor Stravinsky oferecendo estadia para ele e sua família na casa dela. Enquanto dividem o mesmo teto, uma relação amorosa nasce entre os dois.


Ficha Técnica
Coco Chanel & Igor Stravinsky
Direção: Jan Kounen
Roteiro: Chris Greenhalgh
Elenco: Anna Mouglalis, Mads Mikkelsen, Yelena Morozova
Duração: 120 minutos
País: França


Direção marcante para vidas marcantes
 por Edu Fernandes

(Spoilerômetro: )


Muitos espectadores ligados ao mundo da moda ficaram decepcionados com Coco antes de Chanel por causa do final do filme, que como o título anuncia se dá antes da parte mais interessante da vida dessa importante mulher. No entanto, não é com Coco Chanel & Igor Stravinsky que as expectativas dessa plateia serão plenamente satisfeitas. Como prémio de consolação, os figurinos são belíssimos.


O filme começa em 1919, quando Coco já é uma figura de destaque na alta sociedade parisiense. Mesmo assim o que se vê de seu trabalho é muito pouco, abordando mais como foi criado o perfume que leva seu nome.

Já quem aprecia a música de Stravinsky terá seus ouvidos preenchidos por uma trilha muito boa e com cenas em que o ofício do compositor é apresentado de forma bem detalhada. A primeira sequência, passada em um teatro, é toda dedicada a mostrar um musical de Igor que pode lembrar as famosas noites da brasileira Semana de Arte Moderna de 1922.

Com algumas cenas de sexo bem ardentes, a fita não se preocupa em deixar claro o que os protagonistas sentem um pelo outro. Considerando que o caso dele nunca foi provado, a postura se justifica. Em algumas tomadas há um personagem olhando diretamente para a câmera, estático. Com esses olhares, o espectador adentra na psique do personagem e cabe a cada um interpretar quais os sentimentos envolvidos na situação.

Com momentos corajosos como esse, a direção de Jan Kounen é elogiável, dando espaço para que a fotografia e o som também brilhem. Por outro lado, esse apuro técnico e algumas cenas desnecessárias arrastam o ritmo de Coco Chanel & Igor Stravinsky.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Estreias da Semana



Ao Sul da Fronteira (South of the Border) — Entrevistas com presidentes sempre rendem.

O Golpista do Ano (I Love You, Phillip Morris) — Baseado em uma história real. Mesmo. De verdade.

Marmaduke — A vida é grandona.

Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo (Prince of Persia: The Sands of Time) — Desafie o futuro.

O Golpista do Ano



Sinopse: Baseado em uma história real, Steven Russell é um homem com um talento: dar golpes. Ao longo de sua vida, Russell conseguiu bolar diversos tipos de fraudes, que enganaram até mesmo o sistema penitenciário e Corte americanos. Boa parte desses golpes foi executada para conseguir manter seu romance com Philipp Morris, um homem que conheceu na prisão.


Ficha Técnica
O Golpista do Ano (I Love You Phillip Morris)
Roteiro e Direção: Glenn Ficarra, John Requa
Elenco: Jim Carrey, Ewan McGregor, Leslie Mann, Rodrigo Santoro
Duração: 102 minutos
País: EUA, França

 por Flávia Yacubian

(Spoilerômetro: )

O Golpista do Ano (I Love You Phillip Morris) começa com um aviso bem enfático de que a história a seguir realmente aconteceu. Se este aviso ficasse para o final, deixaria muitos incrédulos, dando parabéns aos roteiristas pela criatividade.

O que mais impressiona no filme é realmente este fato: ter ocorrido na vida real e não só nas telas. O que aumenta os méritos do ótimo elenco. Nunca é fácil interpretar personagens reais, por mais milaborantes que tenham sido suas vidas. McGregor se destaca, o que já era de se esperar, mas Jim Carrey também não decepciona.

Que fique claro que este não é um filme de comédia, muito menos um filme de comédia do Jim Carrey. Quem ama o estilo do ator como comediante, e espera algo semelhante, pode se decepcionar. Quem o odeia, terá uma grata surpresa. Principalmente quem considera as atuações dramáticas do autor forçadas e superficiais. O personagem é, sim, cômico, mas também ambíguo, um verdadeiro anti-herói, mas surpreendentemente. Carrey consegue encará-lo sem transformá-lo em uma persona cômica. Ele dá ao personagem exatamente a atuação que ele necessita. O adjetivo “histriônico”, usado para caracterizar Steven Russell por outro personagem, em um de seus golpes, não descreve a atuação de Carrey, como poderia ser dito em diversos outros filmes seus.

Mas, apesar da história dar um bom filme, os roteiristas (que também são os diretores) proporcionaram um filme que prende a atenção do espectador, faz ele cair no “golpe” da história e contou quase tudo sobre Russell sem pudores e moralismo. Então, dois avisos! Primeiro: quem ainda não souber nada sobre Russell e Morris e não quiser saber de spoilers, não leia nada sobre a vida deles antes de ir ao cinema. Segundo: o filme trata de temas polêmicos abertamente, e espera essa mesma mente aberta do público, se o espectador não estiver disposto a colaborar com isso, nem passe perto.


Dudeshop:
• Livro Eu Te Amo, Phillip Morris; de Steve McVicker (Ed. Planeta)


Ao Sul da Fronteira





Sinopse: Partindo da Venezuela, o renomado cineasta Oliver Stone percorre países da América do Sul entrevistando seus presidentes. O documentário traça um panorama desses governos de esquerda no continente.


Ficha Técnica
Ao Sul da Fronteira (South of the Border)
Direção: Oliver Stone
Roteiro: Mark Weisbrot, Tariq Ali
Elenco: -documentário-
Duração: 78 minutos
País: EUA


Procurando uma tendência
 por Edu Fernandes

(Spoilerômetro: )

O diretor Oliver Stone faz questão de deixar claros seus pontos-de-vista quando adota alguma temática política em seus filmes, como em Platoon (1986). Dessa vez ele traz toda sua armagura com os republicanos no documentário Ao Sul da Fronteira (South of the Border), no qual alguns presidentes sul-americanos são entrevistados para mostrar como funcionam esses governos de esquerda.

Por ter sua visão bem explícita, o documetário é totalmente parcial e poderá ofender quem não tem a mesma visão de mundo. Quem vota em políticos que preferem construir pistas e viadutos para automóveis e esquecer os corredores de ônibus, ou que aprovam a progressão continuada que permite analfabetos chegando até o ginásio, com certeza não faz parte do público-alvo desse filme. Os representantes clássicos dos setores sociais que já apoiaram a ditadura militar ficarão irritados com as entrevistas. (OK, essa crítica também pode ser considerada tendenciosa)

Stone tenta entrar no filão que já é dominado por Michael Moore, mas sem os requintes que seu colega despojado domina com mais facilidade. Só há as conversas com os presidentes e algumas imagens de arquivo. Ao Sul da Fronteira não se preocupa em construir diagramas, animações ou dar espaço para piadinhas. Alguns dizem que esses recursos tiram a seriedade da obra, mas acabam deixando a mensagem mais fácil de ser assimilada.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo



Sinopse: Adotado pelo rei da Pérsia, o príncipe Dastan é acusado de assassinar o monarca. Ele foge carregando uma misteriosa adaga e precisa provar sua inocência. A rival princesa Tamina une-se a ele para que o poderoso item não caia em mãos erradas.


Ficha Técnica
Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo (Prince of Persia: The Sands of Time)
Direção: Mike Newell
Roteiro: Boaz Yakin, Doug Miro, Carlo Bernard
Elenco: Jake Gyllenhaal, Gemma Arterton, Ben Kingsley, Alfred Molina
Duração: 116 minutos
País: EUA


Pra que enfeitar tanto?
 por Edu Fernandes

(Spoilerômetro: trailer)

Adaptar títulos de videogames para filmes sempre foi um grande desafio em Hollywood. Por causa de sua natureza, os jogos tinham apenas um pretexto para que o personagem se aventure e não uma história densa que poderia ser aproveitada em um filme. Por essa razão é que normalmente os games não rendem bons filmes.

Com o desenvolvimento da indústria dos videogames e dos consoles, os jogos ganharam histórias mais robustas e a tendência é que a mácula sobre esse tipo de adaptação torne-se coisa do passado. Por isso Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo (Prince of Persia: The Sands of Time) usa como base a trama de uma aventura mais recente da franquia que já existe desde 1989.

O problema do roteiro está em tentar enfeitar demais o enredo. No jogo as coisas já estavam bem adiantadas, com até uma reviravolta final que pode fazer o jogador derrubar o controle no chão de tanta surpresa. Aí chegam os roteiristas de cinema e tentam exagerar no plot no começo, mas esquecem de afinar o desfecho. Quando se eleva o nível no desenvolvimento, não pode deixar a peteca cair no final e deixar os conflitos se resolvendo de forma tão fraca.

O jogo é caracterizado pelas manobras estonteantes do protagonistas que faz todo tipo de micagem para chegar do ponto A ao ponto B sem despencar em uma abismo ou cair em cima de lanças afiadas. Toda vez que se vê uma construção alta e antiga na telona, espera-se que Dastan use toda sua destreza para chegar ao ponto mais alto e buscar um artefato qualquer. Pois bem, teremos de esperar uma próxima aventura para ver esse tipo de cena. O príncipe até que dá suas piruetas, mas a produção é muito mais focada nas lutas do que nos desafios impostos pelo cenário.

Príncipe da Pérsia diverte a quem não se apegar demais a suas origens, principalmente pela boa química entre Dastan e Tamina.


Dudeshop:
• Jogo Prince of Persia: Sands of Time (GameCube)
• Jogo Prince of Persia: Sands of Time (PlayStation 2)
• Jogo Prince of Persia: Sands of Time (XBox)
• Jogo Prince of Persia: Sands of Time (GameBoy Advance)
• Jogo Prince of Persia: Sands of Time (DVD-ROM)


Top Bilheterias

Confira o ranking nacional de bilheterias:

1. Fúria de Titãs
2. Sex and the City 2
3. Robin Hood
4. Alice no País das Maravilhas
5. Homem de Ferro
6. Quincas Berro D'Água
7. O Escritor Fantasma
8. Tudo Pode Dar Certo
9. Pânico na Neve
10. Deu a Louca nos Bichos

# Estreias
# Texto do site Cinepop

Parece que a comédia com Carrie é como as grifes que a personagem veste: para poucos. Uma intensa campanha de divulgação e apenas o segundo lugar na lista. Os deuses gregos continuam detonando com seu 3D meia-boca.

Na próxima semana, o desafiante é Príncipe da Pérsia que, se repetir o pífio resultado dos Estados Unidos, também não deve fazer cócegas no Olimpo.