domingo, 29 de dezembro de 2013

Top 10 2013: Estrangeiros

 por Edu Fernandes

Spoilerômetro:  (?)

Para a seleção abaixo, foi usado o mesmo critério que para o Top 10 Brasil. A separação entre nacionais e estrangeiros em listas diferentes serve para dar mais espaço ao nosso cinema.


1. Questão de Tempo

A fantasia é inserida no enredo sem firulas, como um elemento que escancara o tema central do filme: aproveitar a vida em seus detalhes. O ritmo bem calibrado faz as duas horas de duração passarem sem sobressaltos ou tédio. Foi o filme que mais me emocionou no ano, algo que muitos dos meus colegas críticos parecem condenar – como se cinema não fosse feito para emocionar...

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Resenha do filme (SaraivaConteúdo)

2. Amor

Como a assinatura angustiante de Michael Haneke poderia ser incluída em uma história de amo? O diretor usou os limites da parceria de um casal para emocionar e envolver o público.

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Crítica: A angústia de Haneke

3. Uma Primavera com Minha Mãe

Os personagens falhos concedem autenticidade, ao mesmo tempo em que evidenciam os conflitos entre o filho problemático e a mãe controladora. No final, confia-se no conteúdo dramático para uma das sequências mais intensas do ano.

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Crítica: A arte de se conter

4. Gravidade

A mente do espectador terá uma experiência extenuante durante a sessão desse filme. Metade do tempo será usada se perguntando como cada cena foi realizada nas gravações. No restante da projeção, é pura tensão, do tipo que causa efeitos físicos no corpo. Torcicolos e pernas bambas que reafirmam a qualidade do longa.

5. Dentro de Casa

Todo cinéfilo é, em certo grau, um voyeur. François Ozon leva essa questão ao extremo em um roteiro repleto de camadas narrativas, todas elas com elementos de voyeurismo.

MAIS:
Crítica: O voyeur do voyeur

6. Anna Karenina

Joe Wright usa as tomadas longas características de sua obra, mas agora realizadas dentro de um teatro. As trocas de cenário e a movimentação dos atores criam cenas corajosas e marcantes.

MAIS:
Crítica: Como esconder a ousadia

7. Rush – No Limite da Emoção

Um filme ganha força quando consegue atingir um espectro maior do que apenas o público cativo de partida. Essa produção comove fãs de Fórmula 1 com cenas que são adrenalina pura, mas quem acha as corridas muito tediosas não precisarão se preocupar: os momentos dramáticos agarram a plateia pelo coração.

MAIS:
Resenha do filme (SaraivaConteúdo)

8. Caverna dos Sonhos Esquecidos

Uma das missões do cinema é transportar-nos em viagens inesquecíveis. A visita às pinturas rupestres com bom uso do 3D com certeza é uma desses deslocamentos mágicos possibilitados pela sétima arte.

MAIS:
Texto: Além da pirotecnia: diretores consagrados experimentam o 3D (SaraivaConteúdo)

9. A Grande Beleza

Todo artista tem nomes icônicos do passado como referência. Paolo Sorrentino claramente se inspira em A Doce Vida (1960) de Fellini para realizar seu filme. O resultado é uma nova leitura de temas semelhantes, mas com uma boa dose de personalidade própria.

10. O Último Elvis

Dificilmente um argentino não entrará nesse tipo de lista. Esse título oferece um vislumbre psicológico um tanto melancólico, mas altamente envolvente.

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Texto: Pistas demais

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